O homem é ser consciente capaz de refletir sobre si mesmo e sobre as coisas. É também ser livre que busca sua própria realização. Enquanto vive e busca sua realização, constrói sua história. Nessa história se apresenta como ser social porque convive com outros da mesma espécie e, no meio de um grupo organizado, se forma ou é formado.
Com os avanços da reflexão pedagógica e com as contribuições interdisciplinares, é-nos claro que a educação não pode se apresentar como uma ‘fôrma’. Portanto, devemos pensar que a educação é a atividade do educador em fazer com que o educando seja agente de sua própria formação. O educador é aquele que auxilia e busca caminhar junto do educando nos seus primeiros passos rumo à formação humana, logicamente, respeitando a sua liberdade. Assim, a liberdade do educando o levará alcançar o fim último que é a realização do ser humano enquanto tal. No entanto, a liberdade do homem não é algo vivido de maneira desordenada, por mais que pareça. Ao longo da história, o homem necessitou, nas diversas culturas, de um sistema de orientação, que se identificava com: um deus, um rei, um sacerdote, um chefe, o pai ou propriamente o Estado. E nada melhor do que perceber que a educação é a responsável por ajudar o educando a gerenciar sua própria orientação.
Não existe um caminho único, tal como não existe apenas uma cultura. Da mesma forma que a cultura tem que dialogar com a riqueza de outros mundos culturais, a educação tem que dialogar com a totalidade do universo humano para que atenda ao desejo natural de liberdade do homem. Em outras palavras, um autêntico processo educacional respeita a plasticidade humana e se enriquece com as possibilidades de caminhos que a liberdade apresenta ao educando. Uma educação “nômade” tal como o próprio educando.
A educação não é tão simples como parece. Ela não é sedentária nem mesmo exata. É, por assim dizer, processual, hermética, aberta, acolhedora do diferente, dialogante com a diversidade cultural e antropológica, etc. Sim a educação é complexa, uma vez que os seus agentes (educadores e educandos juntos) também são únicos e plurais.
Claudia de Paiva Barroso
Claudia de Paiva Barroso
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