terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Fui ficando só, sem cuidados. Todos os que
nos cuidavam tomaram outros rumos e,
com eles, foi-se o carinho de que eu vivia.
De novo voltam a preocupar-se comigo
não por cuidado, mas por medo.
Porque me tornei um incômodo.

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou...
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Quero poder imaginar a vida
como ela nunca foi,
e assim vivê-la vívida e perdida,
num sonho que nem dói."
(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CRIS TUPYNAMBÁ

ESTA É A NOSSA HOMENAGEM A CRIS TUPYNAMBÁ QUE FOI ACOLHIDA NO ACONCHEGO DO COLO DO PAI, SOB A TERNURA DO SEU OLHAR E COM O DOCE CARINHO DE SUA MÃO.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A existência humana

Quando pensamos nos motivos pelos quais doamos a nossa vida, nos deparamos com uma série de questões: O que de fato é importante para mim? Para onde estou andando? O que estou cultivando? E essas perguntas nos deixam sem jeito pois muitas vezes não conseguimos encontrar as respostas que procuramos.
A vida passa, as pessoas mudam, e às vezes sentimos que estamos parados vendo a vida passar. Na maioria das vezes tomamos posse de problemas passados ou futuros e perdemos a bela visão que pode trazer o presente. E mais uma vez eu me questiono: Quais os problemas que não me deixam viver o hoje? Porque é tão dificil viver sem medo de ser feliz? Porque a infelicidade parece estar impregnada à existencia humana? Não sei responder, e quem souber, por favor me ajude a encontrar essa resposta...

Claudia de Paiva Barroso

sábado, 3 de setembro de 2011

O homem e a Educação


O homem é ser consciente capaz de refletir sobre si mesmo e sobre as coisas. É também ser livre que busca sua própria realização. Enquanto vive e busca sua realização, constrói sua história. Nessa história se apresenta como ser social porque convive com outros da mesma espécie e, no meio de um grupo organizado, se forma ou é formado.

Com os avanços da reflexão pedagógica e com as contribuições interdisciplinares, é-nos claro que a educação não pode se apresentar como uma ‘fôrma’. Portanto, devemos pensar que a educação é a atividade do educador em fazer com que o educando seja agente de sua própria formação. O educador é aquele que auxilia e busca caminhar junto do educando nos seus primeiros passos rumo à formação humana, logicamente, respeitando a sua liberdade. Assim, a liberdade do educando o levará alcançar o fim último que é a realização do ser humano enquanto tal. No entanto, a liberdade do homem não é algo vivido de maneira desordenada, por mais que pareça. Ao longo da história, o homem necessitou, nas diversas culturas, de um sistema de orientação, que se identificava com: um deus, um rei, um sacerdote, um chefe, o pai ou propriamente o Estado. E nada melhor do que perceber que a educação é a responsável por ajudar o educando a gerenciar sua própria orientação.

Não existe um caminho único, tal como não existe apenas uma cultura. Da mesma forma que a cultura tem que dialogar com a riqueza de outros mundos culturais, a educação tem que dialogar com a totalidade do universo humano para que atenda ao desejo natural de liberdade do homem. Em outras palavras, um autêntico processo educacional respeita a plasticidade humana e se enriquece com as possibilidades de caminhos que a liberdade apresenta ao educando. Uma educação “nômade” tal como o próprio educando.

A educação não é tão simples como parece. Ela não é sedentária nem mesmo exata. É, por assim dizer, processual, hermética, aberta, acolhedora do diferente, dialogante com a diversidade cultural e antropológica, etc. Sim a educação é complexa, uma vez que os seus agentes (educadores e educandos juntos) também são únicos e plurais.

Claudia de Paiva Barroso

A VALORIZAÇÃO DAS CULTURAS NA EDUCAÇÃO

                Apesar do grande esforço da Pedagogia em tornar nossas salas de aulas um ambiente de respeito às diversidades culturais, ainda há muito o que refletir diante da realidade escolar. Será que não estamos fazendo com os nossos alunos o mesmo que os europeus fizeram com os índios quando “descobriram” o Brasil?

            Embora o Etnocentrismo ser um assunto atualmente bastante discutido em meios acadêmicos, podemos notar que muitas vezes a diversidade cultural de nossos alunos não é valorizada. Sabemos que a cultura se refere a tudo aquilo que integra a realidade humana. Assim, um homem não tem cultura porque possui um grande conhecimento de um determinado assunto, mas tem cultura pois está inserido numa realidade que corresponde ao conjunto de valores, crenças, conhecimentos, maneira de agir, formas de celebrar e viver, etc. Desta forma, o homem não tem apenas cultura, mas é cultura porque ela também se refere a identidade de cada ser humano. Com isso, devemos afirmar que o mais correto é afirmarmos a existência de culturas e não de apenas uma cultura pois se há uma diversidade de pessoas humanas também há uma diversidade culturas.

            O Sistema Educacional que é imposto pelas instituições de ensino pouco tem colaborado com a valorização da identidade de um determinado lugar, uma vez que ele já vêm “moldado” como deve acontecer, e às escolas só é incumbida a tarefa de segui-lo. Ao mesmo tempo, encontramos profissionais da educação que não estão abertos a acolher as diferenças culturais dos alunos nem mesmo apreciá-las.

            Infelizmente em nossas salas de aulas não há uma atitude de abertura ao diferente, ao novo, ficando cada vez mais difícil a valorização da cultura à qual o aluno está inserido, ou seja, a valorização dos elementos (crenças, valores, conhecimentos, maneiras de agir, formas de celebrar e etc.) que compõem o universo humano. Uma educação autêntica levará ao conhecimento de que cada cultura pode ser enriquecida com outra. Não é criar uma outra cultura a partir da realidade de outras, senão descobrir na diversidade cultural a beleza da existência humana.

            Cada vez mais no meio de uma cultura de massa etnocêntrica se imporá aos responsáveis pela educação a valorização e a abertura ao diálogo com a pluralidade cultural. Os futuros educadores deverão também apreender que a riqueza dos diversos mundos dos alunos possibilitam uma autêntica formação humana. E com certeza, uma educação que não privilegie apenas um mundo nos levará a perceber na infinitude do universo humano a riqueza cultural do nosso povo. O que nos fará descobrir entre essa riqueza a nossa identidade. 

Claudia de Paiva Barroso

sábado, 11 de junho de 2011

CRISTÓVAM BUARQUE



SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS


Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.


O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

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